A partir de 2026, os híbridos plug-in vão continuar a beneficiar de uma redução significativa no ISV (Imposto Sobre Veículos), mas as regras mudam profundamente. Os novos limites de emissões e a chegada da norma Euro 6e-bis alteram totalmente o enquadramento fiscal destes modelos. Para quem pensa comprar ou importar um PHEV, ignorar estas mudanças pode significar pagar muito mais imposto do que o esperado.
Com base na legislação atualmente publicada, em dados disponibilizados por entidades setoriais e em análises técnicas independentes:
- O que muda realmente no ISV dos híbridos plug-in em 2026
- Como a nova norma Euro 6e-bis pode fazer “disparar” as emissões oficiais de muitos PHEV
- Quais os modelos mais afetados
- Como importar um PHEV em segurança e sem surpresas
- Estratégias práticas que pode usar para pagar menos ISV dentro das novas regras
Se está a pensar comprar ou importar um híbrido plug-in, este artigo é para si.
O QUE É O ISV E COMO FUNCIONA PARA HÍBRIDOS PLUG-IN (PHEV) EM 2026
O ISV é o imposto pago no momento da matrícula em Portugal e tem um peso significativo no custo final de qualquer carro — sobretudo quando falamos de veículos importados. Nos híbridos plug-in, este imposto pode ser reduzido até 75%, um incentivo que ajudou a impulsionar a popularidade destes modelos no mercado português.
O problema? A forma como a autonomia e as emissões são medidas vai mudar em 2026. E essa mudança afeta diretamente:
- Quanto paga de ISV
- Se o carro continua elegível para benefícios fiscais
- Se a importação de um PHEV continua a compensar
Com a chegada da norma Euro 6e-bis, alguns híbridos plug-in podem deixar de cumprir os requisitos para redução de imposto, mesmo sem qualquer alteração mecânica.
ISV 2026 PARA HÍBRIDOS PLUG-IN: RESUMO RÁPIDO DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS
Tabela Comparativa: Diferenças no ISV para Híbridos Plug-in em 2025 vs 2026
Novo Limite de Emissões no ISV 2026: de 50g/km para 80g/km nos PHEV Euro 6e-bis
Até 31 de dezembro de 2025, as regras são claras: para beneficiar da redução de 75% no ISV, um híbrido plug-in precisa de ter autonomia elétrica mínima de 50km e emissões oficiais até 50g CO₂/km.
A partir de 2026:
- O limite sobe para 80g CO₂/km
- Mas apenas para modelos homologados pela Euro 6e-bis
Isto significa:
- Modelos Euro 6 tradicionais mantêm o limite nos 50g/km
- Modelos Euro 6e-bis podem emitir até 80g/km e manter a redução de 75%
Na prática, esta alteração permite que vários modelos mais recentes continuem a ter vantagem fiscal, enquanto alguns PHEV mais antigos ou com emissões mais elevadas podem deixar de cumprir os novos critérios.
EURO 6E-BIS: O QUE MUDA NAS EMISSÕES DOS PHEV E NO ISV A PARTIR DE 2026
Porque é Que a Norma Euro 6e-bis Aumenta as Emissões Oficiais dos Híbridos Plug-in
A norma Euro 6e-bis muda completamente a forma como as emissões dos híbridos plug-in são calculadas, assumindo que o condutor nem sempre carrega o carro regularmente.
Para isso, aumenta a distância usada no cálculo do chamado “fator de utilidade”, que mede a proporção de quilómetros feitos em modo elétrico vs. combustão:
- 800km—2.200km em 2026 (Euro 6e-bis)
- chegará a 4.260km em 2027 (Euro 6e-bis-FCM)
Quanto maior é esta distância de referência, menor é o peso atribuído ao modo elétrico, e maior é a influência do motor térmico na média final.
Resultado? As emissões oficiais sobem muito, afetando diretamente o ISV.
Exemplo Prático Euro 6e-bis: Impacto no BMW X1 xDrive25e e no ISV em 2026
Este modelo é um dos casos mais citados em análises técnicas por mostrar claramente o impacto da Euro 6e-bis.
Um modelo que antes ficava muito abaixo dos 50g/km, passa a apresentar quase o dobro das emissões e poderá até ultrapassar o limite dos 80g/km em 2027, apenas devido ao novo método de cálculo.
BENEFÍCIOS FISCAIS DOS HÍBRIDOS PLUG-IN EM 2026
ISV para PHEV em 2026
Redução de 75% no ISV (benefício máximo)
Este é o incentivo mais procurado e aplica-se apenas quando o veículo cumpre todos os requisitos:
- Modelos Euro 6: emissões até 50g/km e autonomia elétrica mínima de 50km
- Modelos Euro 6e-bis: emissões até 80g/km e autonomia elétrica mínima de 50km
Redução de 25% no ISV (PHEV mais antigos)
Para PHEV fabricados entre 2015 e 2020 com autonomia elétrica igual ou superior a 25km.
Redução de 40% (alguns híbridos)
Alguns híbridos não plug-in, desde que ofereçam autonomia elétrica igual ou superior a 50km e apresentem emissões reduzidas.
Tributação Autónoma e IVA para Empresas
Os híbridos plug-in continuam a ser interessantes para empresas, mas os incentivos dependem das emissões oficiais e do preço do veículo.
Tributação Autónoma (PHEV Euro 6e-bis ≤ 80g/km)
- Até 37.500€: 2,5%
- 37.500–45.000€: 7,5%
- Acima de 45.000€: 15%
IVA (dedução total)
- Dedução de 100% do IVA na aquisição de PHEV até 50.000€
- Dedução integral do IVA da eletricidade usada nos carregamentos
E os elétricos 100%? Onde ficam nesta comparação?
Os veículos totalmente elétricos mantêm vantagens que nenhum PHEV consegue igualar:
- ISV = 0
- IUC = 0
Isto mantém o debate PHEV vs EV aberto e mais relevante do que nunca.
ESTUDOS INDEPENDENTES: EMISSÕES REAIS DOS HÍBRIDOS PLUG-IN VS VALORES OFICIAIS
Vários estudos independentes analisaram mais de 800.000 veículos plug-in em vários países europeus. E as conclusões são claras: muitos PHEV emitem muito mais CO₂ na estrada do que aquilo que é declarado nos testes de homologação:
- Emissões reais médias: 135–139g/km
- Emissões oficiais WLTP: ~28g/km
- Diferença: ~4,9 vezes mais CO₂ em condições reais
O objetivo não é “penalizar” os PHEV, mas aproximar o imposto da realidade de utilização, garantindo que os benefícios fiscais se aplicam apenas a viaturas realmente eficientes.
Autonomia elétrica real
Os estudos independentes revelam também que a autonomia elétrica real de muitos híbridos plug-in fica significativamente abaixo daquilo que os fabricantes anunciam:
- Peugeot 308 PHEV: autonomia real ~51% inferior
- BMW Série 3 PHEV: ~30% inferior
- Renault Mégane PHEV: ~21% inferior
Em modo “bateria conservada”, alguns PHEV chegam a ultrapassar 200g/km.
O MERCADO PORTUGUÊS DE HÍBRIDOS PLUG-IN: ONDE ESTAMOS À ENTRADA DE 2026
O mercado nacional de PHEV continua a crescer de forma consistente, mostrando que estes veículos ainda são uma opção muito procurada pelos portugueses — mesmo com a evolução da fiscalidade automóvel.
- Janeiro–setembro 2025: mais 21,1% face a 2024
- Setembro 2025: mais 49% face a 2024
- Novembro 2025: eletrificados representam mais de 30% das vendas mensais
- Marcas líderes: Mercedes, BMW, Volkswagen
- Modelos mais populares: Grandland PHEV, 3008 Hybrid, Tucson PHEV, Audi Q5 PHEV
O forte crescimento do segmento explica a decisão do Estado de ajustar os benefícios fiscais.
IMPORTAR UM HÍBRIDO PLUG-IN EM 2026: RISCOS E OPORTUNIDADES
O Que Muda na Importação
Ao importar um PHEV em 2026, deve verificar:
- Se o modelo é Euro 6 ou Euro 6e-bis
- Quais são as emissões oficiais aplicáveis em Portugal
- Se cumpre os critérios de autonomia e emissões para 75% ou 25% de redução
A mesma versão comprada noutro país da UE pode, em 2026, ter novos valores de CO₂, alterando profundamente o ISV.
CHECKLIST ISV 2026: COMO CONFIRMAR SE O SEU PHEV MANTÉM A REDUÇÃO DE 75%
- Homologação Euro 6e-bis confirmada
- Autonomia ≥ 50km em modo elétrico
- Emissões ≤ 80g/km (Euro 6e-bis)
- Emissões ≤ 50g/km (Euro 6)
- Ficha técnica atualizada
- Simulação de ISV feita com os valores corretos
- Análise comparativa entre comprar e importar
- Confirmação com uma empresa especializada
CONCLUSÃO: COMO TIRAR PARTIDO DAS NOVAS REGRAS COM A IMPORTRUST
As mudanças no ISV para híbridos plug-in em 2026 não eliminam as vantagens fiscais destes veículos — mas tornam todo o processo muito mais técnico e exigente. Entre limites de emissões atualizados, a adoção da norma Euro 6e-bis, autonomias elétricas mínimas e reclassificações WLTP, basta uma diferença de alguns gramas de CO₂ para transformar um excelente negócio numa fatura inesperada de milhares de euros.
A oportunidade continua lá: muitos PHEV mantêm acesso à redução de 75% no ISV, outros beneficiam de reduções intermédias e há modelos que, mesmo com emissões revistas, permanecem altamente competitivos para compra ou importação. A chave está em validar a homologação correta, confirmar as emissões aplicáveis em Portugal e simular o imposto com precisão antes da decisão final.
Se quer garantir que paga o mínimo de imposto possível, evita surpresas desagradáveis e escolhe um PHEV que realmente compensa dentro das novas regras, o caminho é simples: análise técnica rigorosa antes da compra e acompanhamento especializado durante todo o processo de importação.
É aqui que a experiência faz toda a diferença. Uma empresa especializada como a Importrust conhece as nuances da legislação, acompanha as atualizações técnicas dos fabricantes e sabe antecipar como cada versão, cada motor e cada ano de fabrico podem influenciar o ISV real de um híbrido plug-in em 2026.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE ISV 2026 PARA HÍBRIDOS PLUG-IN
1. Em 2026, os híbridos plug-in ainda têm redução de 75% no ISV?
Sim. A redução de 75% no ISV mantém-se em 2026, mas apenas para híbridos plug-in que cumpram todos os critérios técnicos, nomeadamente:
- Autonomia elétrica mínima de 50km
- Emissões oficiais até 50g/km (modelos Euro 6) e 80g/km (modelos Euro 6e-bis)
- Homologação válida e reconhecida em Portugal
Isto significa que o benefício existe, mas é mais difícil de cumprir devido às novas medições.
2. Qual é a principal mudança no ISV para híbridos plug-in em 2026?
O limite de emissões sobe de 50g/km para 80g/km, mas só para veículos homologados pela norma Euro 6e-bis.
Modelos que continuem homologados apenas como Euro 6 mantêm o limite dos 50g/km.
3. Um PHEV Euro 6 que hoje cumpre os 50g/km pode perder o benefício em 2026?
Sim. Se um modelo Euro 6 tiver emissões acima de 50g/km, e não puder ser enquadrado como Euro 6e-bis, perde automaticamente a redução de 75%.
4. A norma Euro 6e-bis vai fazer subir as emissões oficiais de todos os PHEV?
Em muitos casos, sim. A Euro 6e-bis:
- aumenta a distância de referência dos testes (800km—2.200km),
- reduz o peso do modo elétrico nos cálculos,
- assume que o utilizador não carrega o carro diariamente,
- usa um “fator de utilidade” mais exigente.
Como consequência, muitos PHEV passam a ter emissões oficiais entre 70g e 120g/km, mesmo sem qualquer alteração mecânica.
5. Vale a pena comprar um PHEV em 2026 ou é melhor optar por um elétrico?
Um PHEV compensa se:
- fizer percursos mistos
- carregar o carro frequentemente
- precisar de versatilidade em viagens longas
- quiser reduzir o ISV na compra ou importação
Um elétrico compensa se:
- fizer sobretudo percursos urbanos
- tiver acesso fácil ao carregamento
- quiser custos muito baixos de manutenção e combustível
- valorizar estabilidade fiscal (EVs têm ISV e IUC = 0)
6. Os estudos que dizem que os PHEV poluem mais, são fiáveis?
Sim. Estudos independentes da Transport & Environment (T&E) e ICCT, analisando centenas de milhares de carros reais, mostram que:
- Muitos PHEV emitem 4 a 5 vezes mais CO₂ do que o valor declarado
- Quando não são carregados regularmente, comportam-se como carros a combustão
- A autonomia elétrica real é frequentemente muito inferior à anunciada
Estes resultados ajudaram a justificar a adoção da Euro 6e-bis.
7. Como posso saber quanto vou pagar de ISV ao importar um PHEV em 2026?
Para saber o ISV real, precisa de:
- homologação (Euro 6 ou Euro 6e-bis),
- emissões WLTP válidas em Portugal,
- autonomia elétrica,
- data de primeira matrícula,
- cilindrada e versão exata.
Uma empresa especializada como a Importrust consegue confirmar estes dados e simular o ISV sem margem de erro, evitando surpresas no momento da matrícula.
8. Todos os híbridos plug-in Euro 6e-bis vão beneficiar do novo limite dos 80g/km?
Não. Mesmo com o limite alargado, alguns modelos Euro 6e-bis ultrapassam os 80g/km, outros ficam muito próximos do limite e podem perder o benefício com atualizações de homologação. Cada veículo deve ser analisado individualmente.
9. Os PHEV mais antigos (2015–2020) ainda têm benefícios?
Sim, mas reduzidos. Podem ter uma redução de 25% no ISV, desde que tenham autonomia mínima de 25km.
Não têm, no entanto, acesso à redução de 75%.
10. Importar um PHEV usado continua a compensar em 2026?
Sim, desde que:
- O modelo cumpra os critérios de emissões e autonomia
- Os valores WLTP estejam atualizados
- Seja feita uma simulação fiscal antes da compra
Sem esta verificação prévia, existe o risco de pagar mais ISV do que o previsto.
A Importrust trata deste processo do início ao fim e garante que o comprador não é surpreendido.