ISV 2026 para híbridos plug-in: o guia completo sobre o que vai mudar

published on 15 December 2025

A partir de 2026, os híbridos plug-in vão continuar a beneficiar de uma redução significativa no ISV (Imposto Sobre Veículos), mas as regras mudam profundamente. Os novos limites de emissões e a chegada da norma Euro 6e-bis alteram totalmente o enquadramento fiscal destes modelos. Para quem pensa comprar ou importar um PHEV, ignorar estas mudanças pode significar pagar muito mais imposto do que o esperado.

Com base na legislação atualmente publicada, em dados disponibilizados por entidades setoriais e em análises técnicas independentes:

  • O que muda realmente no ISV dos híbridos plug-in em 2026
  • Como a nova norma Euro 6e-bis pode fazer “disparar” as emissões oficiais de muitos PHEV
  • Quais os modelos mais afetados
  • Como importar um PHEV em segurança e sem surpresas
  • Estratégias práticas que pode usar para pagar menos ISV dentro das novas regras

Se está a pensar comprar ou importar um híbrido plug-in, este artigo é para si.




O QUE É O ISV E COMO FUNCIONA PARA HÍBRIDOS PLUG-IN (PHEV) EM 2026

O ISV é o imposto pago no momento da matrícula em Portugal e tem um peso significativo no custo final de qualquer carro — sobretudo quando falamos de veículos importados. Nos híbridos plug-in, este imposto pode ser reduzido até 75%, um incentivo que ajudou a impulsionar a popularidade destes modelos no mercado português.

O problema? A forma como a autonomia e as emissões são medidas vai mudar em 2026. E essa mudança afeta diretamente:

  • Quanto paga de ISV
  • Se o carro continua elegível para benefícios fiscais
  • Se a importação de um PHEV continua a compensar

Com a chegada da norma Euro 6e-bis, alguns híbridos plug-in podem deixar de cumprir os requisitos para redução de imposto, mesmo sem qualquer alteração mecânica.






ISV 2026 PARA HÍBRIDOS PLUG-IN: RESUMO RÁPIDO DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS


Tabela Comparativa: Diferenças no ISV para Híbridos Plug-in em 2025 vs 2026



Novo Limite de Emissões no ISV 2026: de 50g/km para 80g/km nos PHEV Euro 6e-bis

Até 31 de dezembro de 2025, as regras são claras: para beneficiar da redução de 75% no ISV, um híbrido plug-in precisa de ter autonomia elétrica mínima de 50km e emissões oficiais até 50g CO₂/km.

A partir de 2026:

  • O limite sobe para 80g CO₂/km
  • Mas apenas para modelos homologados pela Euro 6e-bis

Isto significa:

  • Modelos Euro 6 tradicionais mantêm o limite nos 50g/km
  • Modelos Euro 6e-bis podem emitir até 80g/km e manter a redução de 75%

Na prática, esta alteração permite que vários modelos mais recentes continuem a ter vantagem fiscal, enquanto alguns PHEV mais antigos ou com emissões mais elevadas podem deixar de cumprir os novos critérios.






EURO 6E-BIS: O QUE MUDA NAS EMISSÕES DOS PHEV E NO ISV A PARTIR DE 2026


Porque é Que a Norma Euro 6e-bis Aumenta as Emissões Oficiais dos Híbridos Plug-in

A norma Euro 6e-bis muda completamente a forma como as emissões dos híbridos plug-in são calculadas, assumindo que o condutor nem sempre carrega o carro regularmente.

Para isso, aumenta a distância usada no cálculo do chamado “fator de utilidade”, que mede a proporção de quilómetros feitos em modo elétrico vs. combustão:

  • 800km—2.200km em 2026 (Euro 6e-bis)
  • chegará a 4.260km em 2027 (Euro 6e-bis-FCM)

Quanto maior é esta distância de referência, menor é o peso atribuído ao modo elétrico, e maior é a influência do motor térmico na média final.
Resultado? As emissões oficiais sobem muito, afetando diretamente o ISV.


Exemplo Prático Euro 6e-bis: Impacto no BMW X1 xDrive25e e no ISV em 2026

Este modelo é um dos casos mais citados em análises técnicas por mostrar claramente o impacto da Euro 6e-bis.

Um modelo que antes ficava muito abaixo dos 50g/km, passa a apresentar quase o dobro das emissões e poderá até ultrapassar o limite dos 80g/km em 2027, apenas devido ao novo método de cálculo.






BENEFÍCIOS FISCAIS DOS HÍBRIDOS PLUG-IN EM 2026


ISV para PHEV em 2026


Redução de 75% no ISV (benefício máximo)

Este é o incentivo mais procurado e aplica-se apenas quando o veículo cumpre todos os requisitos:

  • Modelos Euro 6: emissões até 50g/km e autonomia elétrica mínima de 50km
  • Modelos Euro 6e-bis: emissões até 80g/km e autonomia elétrica mínima de 50km


Redução de 25% no ISV (PHEV mais antigos)

Para PHEV fabricados entre 2015 e 2020 com autonomia elétrica igual ou superior a 25km.


Redução de 40% (alguns híbridos)

Alguns híbridos não plug-in, desde que ofereçam autonomia elétrica igual ou superior a 50km e apresentem emissões reduzidas.


Tributação Autónoma e IVA para Empresas

Os híbridos plug-in continuam a ser interessantes para empresas, mas os incentivos dependem das emissões oficiais e do preço do veículo.


Tributação Autónoma (PHEV Euro 6e-bis ≤ 80g/km)

  • Até 37.500€: 2,5%
  • 37.500–45.000€: 7,5%
  • Acima de 45.000€: 15%


IVA (dedução total)

  • Dedução de 100% do IVA na aquisição de PHEV até 50.000€
  • Dedução integral do IVA da eletricidade usada nos carregamentos


E os elétricos 100%? Onde ficam nesta comparação?

Os veículos totalmente elétricos mantêm vantagens que nenhum PHEV consegue igualar:

  • ISV = 0
  • IUC = 0

Isto mantém o debate PHEV vs EV aberto e mais relevante do que nunca.






ESTUDOS INDEPENDENTES: EMISSÕES REAIS DOS HÍBRIDOS PLUG-IN VS VALORES OFICIAIS

Vários estudos independentes analisaram mais de 800.000 veículos plug-in em vários países europeus. E as conclusões são claras: muitos PHEV emitem muito mais CO₂ na estrada do que aquilo que é declarado nos testes de homologação:

  • Emissões reais médias: 135–139g/km
  • Emissões oficiais WLTP: ~28g/km
  • Diferença: ~4,9 vezes mais CO₂ em condições reais

O objetivo não é “penalizar” os PHEV, mas aproximar o imposto da realidade de utilização, garantindo que os benefícios fiscais se aplicam apenas a viaturas realmente eficientes.

Autonomia elétrica real

Os estudos independentes revelam também que a autonomia elétrica real de muitos híbridos plug-in fica significativamente abaixo daquilo que os fabricantes anunciam:

  • Peugeot 308 PHEV: autonomia real ~51% inferior
  • BMW Série 3 PHEV: ~30% inferior
  • Renault Mégane PHEV: ~21% inferior

Em modo “bateria conservada”, alguns PHEV chegam a ultrapassar 200g/km.






O MERCADO PORTUGUÊS DE HÍBRIDOS PLUG-IN: ONDE ESTAMOS À ENTRADA DE 2026

O mercado nacional de PHEV continua a crescer de forma consistente, mostrando que estes veículos ainda são uma opção muito procurada pelos portugueses — mesmo com a evolução da fiscalidade automóvel.

  • Janeiro–setembro 2025: mais 21,1% face a 2024
  • Setembro 2025: mais 49% face a 2024
  • Novembro 2025: eletrificados representam mais de 30% das vendas mensais
  • Marcas líderes: Mercedes, BMW, Volkswagen
  • Modelos mais populares: Grandland PHEV, 3008 Hybrid, Tucson PHEV, Audi Q5 PHEV

O forte crescimento do segmento explica a decisão do Estado de ajustar os benefícios fiscais.






IMPORTAR UM HÍBRIDO PLUG-IN EM 2026: RISCOS E OPORTUNIDADES

O Que Muda na Importação

Ao importar um PHEV em 2026, deve verificar:

  1. Se o modelo é Euro 6 ou Euro 6e-bis
  2. Quais são as emissões oficiais aplicáveis em Portugal
  3. Se cumpre os critérios de autonomia e emissões para 75% ou 25% de redução

A mesma versão comprada noutro país da UE pode, em 2026, ter novos valores de CO₂, alterando profundamente o ISV.






CHECKLIST ISV 2026: COMO CONFIRMAR SE O SEU PHEV MANTÉM A REDUÇÃO DE 75%

  1. Homologação Euro 6e-bis confirmada
  2. Autonomia ≥ 50km em modo elétrico
  3. Emissões ≤ 80g/km (Euro 6e-bis)
  4. Emissões ≤ 50g/km (Euro 6)
  5. Ficha técnica atualizada
  6. Simulação de ISV feita com os valores corretos
  7. Análise comparativa entre comprar e importar
  8. Confirmação com uma empresa especializada






CONCLUSÃO: COMO TIRAR PARTIDO DAS NOVAS REGRAS COM A IMPORTRUST

As mudanças no ISV para híbridos plug-in em 2026 não eliminam as vantagens fiscais destes veículos — mas tornam todo o processo muito mais técnico e exigente. Entre limites de emissões atualizados, a adoção da norma Euro 6e-bis, autonomias elétricas mínimas e reclassificações WLTP, basta uma diferença de alguns gramas de CO₂ para transformar um excelente negócio numa fatura inesperada de milhares de euros.

A oportunidade continua lá: muitos PHEV mantêm acesso à redução de 75% no ISV, outros beneficiam de reduções intermédias e há modelos que, mesmo com emissões revistas, permanecem altamente competitivos para compra ou importação. A chave está em validar a homologação correta, confirmar as emissões aplicáveis em Portugal e simular o imposto com precisão antes da decisão final.

Se quer garantir que paga o mínimo de imposto possível, evita surpresas desagradáveis e escolhe um PHEV que realmente compensa dentro das novas regras, o caminho é simples: análise técnica rigorosa antes da compra e acompanhamento especializado durante todo o processo de importação.

É aqui que a experiência faz toda a diferença. Uma empresa especializada como a Importrust conhece as nuances da legislação, acompanha as atualizações técnicas dos fabricantes e sabe antecipar como cada versão, cada motor e cada ano de fabrico podem influenciar o ISV real de um híbrido plug-in em 2026.










PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE ISV 2026 PARA HÍBRIDOS PLUG-IN

1. Em 2026, os híbridos plug-in ainda têm redução de 75% no ISV?

Sim. A redução de 75% no ISV mantém-se em 2026, mas apenas para híbridos plug-in que cumpram todos os critérios técnicos, nomeadamente:

  • Autonomia elétrica mínima de 50km
  • Emissões oficiais até 50g/km (modelos Euro 6) e 80g/km (modelos Euro 6e-bis)
  • Homologação válida e reconhecida em Portugal

Isto significa que o benefício existe, mas é mais difícil de cumprir devido às novas medições.


2. Qual é a principal mudança no ISV para híbridos plug-in em 2026?

O limite de emissões sobe de 50g/km para 80g/km, mas só para veículos homologados pela norma Euro 6e-bis.

Modelos que continuem homologados apenas como Euro 6 mantêm o limite dos 50g/km.


3. Um PHEV Euro 6 que hoje cumpre os 50g/km pode perder o benefício em 2026?

Sim. Se um modelo Euro 6 tiver emissões acima de 50g/km, e não puder ser enquadrado como Euro 6e-bis, perde automaticamente a redução de 75%.


4. A norma Euro 6e-bis vai fazer subir as emissões oficiais de todos os PHEV?

Em muitos casos, sim. A Euro 6e-bis:

  • aumenta a distância de referência dos testes (800km—2.200km),
  • reduz o peso do modo elétrico nos cálculos,
  • assume que o utilizador não carrega o carro diariamente,
  • usa um “fator de utilidade” mais exigente.

Como consequência, muitos PHEV passam a ter emissões oficiais entre 70g e 120g/km, mesmo sem qualquer alteração mecânica.


5. Vale a pena comprar um PHEV em 2026 ou é melhor optar por um elétrico?

Um PHEV compensa se:

  • fizer percursos mistos
  • carregar o carro frequentemente
  • precisar de versatilidade em viagens longas
  • quiser reduzir o ISV na compra ou importação

Um elétrico compensa se:

  • fizer sobretudo percursos urbanos
  • tiver acesso fácil ao carregamento
  • quiser custos muito baixos de manutenção e combustível
  • valorizar estabilidade fiscal (EVs têm ISV e IUC = 0)


6. Os estudos que dizem que os PHEV poluem mais, são fiáveis?

Sim. Estudos independentes da Transport & Environment (T&E) e ICCT, analisando centenas de milhares de carros reais, mostram que:

  • Muitos PHEV emitem 4 a 5 vezes mais CO₂ do que o valor declarado
  • Quando não são carregados regularmente, comportam-se como carros a combustão
  • A autonomia elétrica real é frequentemente muito inferior à anunciada

Estes resultados ajudaram a justificar a adoção da Euro 6e-bis.


7. Como posso saber quanto vou pagar de ISV ao importar um PHEV em 2026?

Para saber o ISV real, precisa de:

  • homologação (Euro 6 ou Euro 6e-bis),
  • emissões WLTP válidas em Portugal,
  • autonomia elétrica,
  • data de primeira matrícula,
  • cilindrada e versão exata.

Uma empresa especializada como a Importrust consegue confirmar estes dados e simular o ISV sem margem de erro, evitando surpresas no momento da matrícula.


8. Todos os híbridos plug-in Euro 6e-bis vão beneficiar do novo limite dos 80g/km?

Não. Mesmo com o limite alargado, alguns modelos Euro 6e-bis ultrapassam os 80g/km, outros ficam muito próximos do limite e podem perder o benefício com atualizações de homologação. Cada veículo deve ser analisado individualmente.


9. Os PHEV mais antigos (2015–2020) ainda têm benefícios?

Sim, mas reduzidos. Podem ter uma redução de 25% no ISV, desde que tenham autonomia mínima de 25km.

Não têm, no entanto, acesso à redução de 75%.


10. Importar um PHEV usado continua a compensar em 2026?

Sim, desde que:

  • O modelo cumpra os critérios de emissões e autonomia
  • Os valores WLTP estejam atualizados
  • Seja feita uma simulação fiscal antes da compra

Sem esta verificação prévia, existe o risco de pagar mais ISV do que o previsto.

A Importrust trata deste processo do início ao fim e garante que o comprador não é surpreendido.









Se está a pensar importar um híbrido plug-in ou quer saber quanto vai pagar de ISV — tratamos de tudo por si!

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